O Despertar de uma Paixão pela Advocacia Humanizada

Por: Fernanda Elisa de Borba

O Despertar de uma Paixão pela Advocacia Humanizada

Sou advogada, mãe e tenho um vínculo muito forte com a minha família. Me formei no ano de 2010 e estive muito tempo afastada do Direito. Apesar de ter orgulho da minha profissão, advogar não era algo que me motivava.

Optei por trabalhar em áreas mais voltadas a atividades administrativas, passei em concursos, assumi cargo, mas ainda assim parecia que não havia me encontrado profissionalmente. Chegou um dia que parei e defini que traçaria metas para me reencontrar comigo mesma e dentre elas estava focar novamente na minha profissão e descobrir uma área que me interessasse, foi quando optei por me especializar em Direito de Família, como não tinha pensado nisso antes? Era tão óbvio que eu poderia me realizar estudando um tema que está vinculado ao que tem mais valor na minha vida: Família. E, efetivamente, me encontrei!

Ao participar de seminários da área, conheci o Direito Sistêmico, as práticas sistêmicas, as constelações Familiares, assim como as práticas colaborativas, a mediação, então me apaixonei!! Era esse Direito que eu queria e quero para a minha vida, um direito mais humanizado, que presta atenção no cliente, que mostra que o cliente é capaz de assumir as suas próprias decisões, que procura resolver os conflitos ao invés de estimular o litígio, que preserva os valores da Família, que entende hierarquia, que expõe que a lealdade à família não significa perder a identidade, que não temos que necessariamente seguir determinados padrões para pertencer a um grupo, o que ocorre muito em razão dos vínculos familiares (lealdade), que mostra que somos responsáveis pelas nossas decisões, que estar ao lado do cliente como advogado não significa trazer para si os seus problemas.

Como mãe, mais do que nunca, hoje vejo a necessidade de preservar e tentar estimular essas práticas de um direito mais humanizado, e tratando-se de relações que envolvem filhos, é essencial tentar manter uma relação harmoniosa, de respeito mútuo entre aqueles que compõem a relação (as partes), afinal, é um vínculo que permanece pelo elo em comum, afinal, filhos são  metade pai, e metade mãe, é unicidade, e são uma escolha que quem a fez deve assumir a responsabilidade e acolhê-la. O estudo do Direito Sistêmico me trouxe esse entendimento inclusive para a minha vida pessoal e posso dizer, com todas as letras, é tão melhor viver sem alimentar litígios, ainda mais quando falamos em família, e especialmente quando há filhos, quem mais se beneficia são eles e isso reflete na nossa vida também.

No entanto, sei que esse entendimento não é pacífico, que o Direito Sistêmico ainda não é uma regra, mas o que importa é acolhermos nossos clientes, pensamentos divergentes dos colegas de profissão, e o Judiciário e tentar fazer a minha parte para que mesmo se a opção ainda for recorrer a esfera judicial, que seja feito da forma mais consciente pelo cliente e que lhe traga um resultado que não alimente mais litígio, para o seu bem e de todas as partes envolvidas.

Tenho muita gratidão por ter tido a oportunidade de estar me envolvendo com as práticas sistêmicas e participar da Mentoria em Práticas Sistêmicas na Advocacia, tem sido um grande aprendizado e a descoberta de uma nova paixão!

Fernanda  Elisa de Borba

Fernanda Elisa de Borba

Fernanda Elisa de Borba é advogada familiarista em Porto Alegre - RS

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